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Voltar para Notícias Prestação de Serviços | 05/04/2017 14:55:23

 

​​​​Mais de 4.800 animais são atendidos em obras da Linha 13-Jade da CPTM

 Entre os animais registrados, 70% são aves, 26,7% mamíferos, 3% répteis e 0,3% anfíbios

Encontrar um animal ferido ou perdido próximo aos centros urbanos é uma realidade cada vez mais recorrente. O crescimento das cidades modifica ou ocasiona a perda do habitat natural da fauna silvestre, e os animais acabam fazendo da cidade parte de seu habitat, se aproximando cada vez mais das zonas urbanas.

Pensando no bem-estar dos animais, a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) realiza um programa de “Resgate e Translocação de Fauna Silvestre” e “Monitoramento de Fauna Silvestre”. De abril de 2014 até fevereiro de 2017, foram registrados 4.874 animais ao longo dos trechos de obras da Linha 13-Jade, que ligará a capital paulista ao aeroporto Internacional de Guarulhos.

O principal objetivo da atividade é reduzir os impactos decorrentes da implantação da nova linha sobre a fauna local. Para isso, são realizadas ações de afugentamento da fauna da região onde se concluem as obras. O resgate é feito quando os animais estão debilitados, feridos ou quando se abrigam e permanecem nas áreas em construção e seu bem-estar ou até mesmo o dos trabalhadores ficam comprometidos.

Espécies de aves, gambas, lagartos entre outros animais encontrados feridos são encaminhados ao CRAS (Centro de Recuperação de Animais Silvestres), localizado no Parque Ecológico do Tietê (PET). Os saudáveis são resgatados e soltos em áreas definidas. Todos os registros dos animais identificados são repassados para o DeFau (Departamento de Fauna – Centro de Manejo de Fauna Silvestre) da Secretaria do Meio Ambiente - SP, que mapeia os dados biométricos (espécie, sexo, peso, etc).

Dentre os animais resgatados estão Capivaras, Quatis, Gambás-de-orelha-preta, Teiú, Sábia-barranco, Bem-te-vi-do-gado, Coruja-buraqueira, Socó-dorminhoco, Rolinha-roxa e Cardeal-do-nordeste.

Do total de 4.874 animais registrados, 2,9% foram destinados ao CRAS e passaram por todo o processo de triagem, cuidados médicos veterinários, alimentação e reabilitação, quando aptos retornaram à vida selvagem. Cerca de 3,8% foram translocados para áreas de soltura do PET, após passarem pelo atendimento em campo feito pelas equipes de médicos veterinários e biólogos, terem sido marcados e coletados seus dados biométricos. Os demais animais que não necessitaram de resgate foram afugentados para áreas adjacentes.

Esse trabalho é feito por uma equipe composta por médicos veterinários e biólogos autorizados pelo órgão ambiental DeFau. O programa será mantido até o final das obras da Linha 13-Jade.

Linha 13-Jade

A Linha 13-Jade terá 12,2 quilômetros de extensão, sendo que uma parte do trajeto será feita em superfície [4,3 km] e outra em elevado [7,9 km]. Os trens partirão da Estação Engenheiro Goulart, na Linha-12 Safira, que está sendo reconstruída, e terão como destino duas novas estações em Guarulhos: Cecap e Aeroporto. 

Todas as estações terão acessibilidade [elevadores, piso táteis, comunicação em Braille, corrimãos e rampas adequadas] e escadas rolantes.

A integração com outros meios de transporte também faz parte do projeto de implantação da Linha 13. A Estação Cecap terá um dos acessos transpondo o viário que permitirá integração, por exemplo, com a Rodoviária de Guarulhos, e a Estação Aeroporto terá um acesso que também permitirá a passagem para o Terminal Metropolitano Taboão.

Assim, a Linha 13 representa um salto de qualidade na infraestrutura de mobilidade para os moradores dessas regiões, pois eles poderão se deslocar até 22 cidades do Estado por meio das linhas da CPTM, terão acesso à rede de metrô e ainda serão beneficiados com a redução do tráfego de veículos, hoje o principal meio de acesso ao Aeroporto de Cumbica.

O investimento total na obra é da ordem de R$ 2,2 bilhões e prevê que 120 mil pessoas por dia sejam beneficiadas por essa nova opção de transporte mais eficiente, rápida e barata. O valor da tarifa será o mesmo cobrado em todo o sistema metroferroviário, que atualmente é de R$ 3,80.​
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