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Para quem trabalha em um escritório, é provável que se passe mais tempo com colegas de trabalho do que com amigos, colegas de apartamento, família ou até mesmo com o próprio parceiro(a). Dada essa convivência diária, é quase inevitável que se formem alguns laços. Além disso, é comum desenvolver o conceito "cônjuge de trabalho", uma pessoa com quem se troca mensagens constantemente, compartilha o estresse do dia a dia e sai junto, fortalecendo ainda mais a relação.

Em uma pesquisa encomendada pela Forbes Advisor, em abril de 2024, 60% de uma amostra de 2 mil pessoas disseram ter vivido um romance no local de trabalho. Além disso, recentes dados de uma pesquisa realizada pela empresa americana de relacionamento eHarmony destacaram que 71% de 2 mil pessoas querem flertar com um colega de trabalho e 53% já namoraram um.

Esses números reforçam a ideia de que o ambiente de trabalho é um lugar comum para o surgimento de relacionamentos, e a CPTM não é uma exceção. Com tantos casais formados, a empresa continua a ser um exemplo de como o convívio diário pode resultar em conexões profundas e duradouras.

Conheça histórias de casais que se conheceram por trabalharem na CPTM:

Aquele do Fiscal da Operação de Máquinas Especiais

Tatiane Amaro de Oliveira Monteiro (38) e Rodrigo D'Alexandria Monteiro (45) se conheceram em 2008, logo após entrarem na CPTM. Tatiane começou a trabalhar em outubro de 2008 na Operação de Máquinas Especiais, enquanto Rodrigo atuava como fiscal da via permanente nas linhas 8 e 9 desde 1998, quando ingressou na companhia. Embora estivessem em áreas diferentes, suas atividades frequentemente se cruzavam, já que as máquinas que Tatiane operava prestavam serviços para a área do Rodrigo. E com o passar do tempo, se tornaram amigos. A presença de Rodrigo sempre era muito agradável. "Trabalhar com ele era uma experiência muito positiva. Além de ser um excelente profissional, Rodrigo era sempre educado, atencioso e tinha um ótimo senso de humor, o que tornava o nosso ambiente de trabalho mais leve e divertido", disse Tatiane.

Em 2012, Tatiane tomou a iniciativa de uma conversa mais íntima e pessoal e enviou uma mensagem descontraída para Rodrigo, expressando o quanto o considerava uma pessoa especial. Para sua surpresa, Rodrigo respondeu com uma declaração, dizendo que também a achava especial e que havia gostado muito da mensagem. Logo depois, Rodrigo a convidou para sair e começaram a namorar. A data do início do namoro: 9 de julho de 2012. Anos depois, em uma conversa, Tatiane lembrou da mensagem que enviou e que não era exatamente uma declaração de amor, mas Rodrigo interpretou assim. "O interessante é que esse mal-entendido acabou nos unindo de uma maneira muito especial", afirma Tatiane.

O par se casou em 2016 e Rodrigo diz que trabalhar na mesma empresa tem suas vantagens. "Conseguimos compreender melhor os desafios que cada um enfrenta no dia a dia". No entanto, ressalta também que sempre precisam se lembrar de não levar muito o trabalho para casa, para manter o equilíbrio na relação.

Aquele do Centro de Controle Operacional

Isabella Oliveira de Melo (39) e Beatriz Oliveira de Melo (35) se conheceram no dia 1º de setembro de 2013. Isabella já era uma veterana na empresa, com vários anos de experiência como maquinista antes de assumir um cargo no Centro de Controle Operacional (CCO). Beatriz, por outro lado, havia acabado de ingressar na empresa e para o mesmo cargo que Isabella ocupava.

Nos primeiros três meses, Isabella foi responsável pelo estágio prático de Beatriz. Durante esse tempo, uma conexão especial começou a se formar entre elas. Isabella ensinava Beatriz sobre as responsabilidades do cargo e, aos poucos, o relacionamento profissional se transformou em uma amizade profunda. Cada vez mais elas iam se conhecendo, trocando confidências e compartilhando momentos do dia a dia. Não demorou muito para que essa amizade se transformasse em algo mais. Logo, elas estavam juntas, tanto no trabalho quanto na vida pessoal. Beatriz morava em Mogi das Cruzes, enquanto Isabella em Campo Limpo Paulista. Com o tempo, Beatriz passou a ficar mais em Campo Limpo Paulista. "Ela já nem lembrava mais como era ficar na casa dela", destacou Isabella.

Após alguns meses, decidiram morar juntas e, aos poucos, começaram a planejar o casamento. "Não havia melhor data para celebrarmos a nossa união do que o Dia do Ferroviário, no dia 30 de abril", disse Isabella. "A escolha da data foi uma homenagem ao nosso trabalho, que nos uniu e que continua sendo uma parte fundamental das nossas vidas", reforça Beatriz.

Enquanto cresciam na empresa, mudando de cargos e assumindo novas responsabilidades, também construíam uma vida juntas. Atualmente, ambas seguem controlando trens e pelos "trilhos da vida" uma ao lado da outra. "Juntas esperamos continuar evoluindo, tanto pessoalmente quanto profissionalmente. Sempre apoiando uma à outra em cada desafio e conquista que encontramos em nossos caminhos", finaliza Isabella.

Aquele das Máquinas de Chave e Rede Aérea

Já a história de Joice Vaccari Siqueira Ledo (36), Técnica de Manutenção de Máquinas de Chave e Aparelhos de Mudança de Via (AMV's), e Victor Ramos Costa Ledo (36), Supervisor de Manutenção de Rede Aérea, começou no Pátio de Manutenção da Lapa, em 2011. Naquela época, Joice trabalhava na sinalização em Pirituba e Victor na manutenção de rede na Lapa. Embora atuassem na mesma região, estavam em setores diferentes. Os dois tinham amigos em comum que estudavam com Joice e trabalhavam com Victor. Na época, Victor não deu muita atenção para Joice, pois estava em um relacionamento, mas segundo ela "desde sempre trocávamos olhares".

No início de 2012, foram convidados para a formatura de um amigo em comum. Naquela época, tanto Victor quanto Joice estavam solteiros. Durante a festa, aconteceu o primeiro beijo do casal, onde Joice descreveu como "fatal para os dois". Victor lembra que, ao se beijarem, pensou: "ferrou, agora vou me casar". O namoro foi oficializado em novembro do mesmo ano.

Em 2014, se casaram logo após o nascimento de Giovanni, o primeiro filho do casal. Em 2021, tiveram o segundo filho, Gael. "Infelizmente o nosso Gael virou um anjinho e está no céu", lamenta Joice. Sobre trabalhar esses 13 anos juntos, Joice ressalta que é ótimo, visto que entendem o dia a dia um do outro. Porém não existem apenas os bônus. "É desafiador, pois temos que nos policiar para não falarmos de serviço o tempo todo", diz Victor. "A CPTM nos deu a oportunidade de nos conhecermos e formarmos o que temos de mais importante em nossa vida, que é a nossa família", finaliza Joice.